Como no passado, quando ainda era "Popular", e não "Social-democrata", o PSD deve continuar a compreender a existência de circunstâncias nacionais específicas. Portugal não é a periferia da Europa, nem o terceiro mundo, mas é diferente. E pode capitalizar com isso.
Em política, o desespero é uma estupidez. Numa altura em que quase ninguém consegue governar ou decidir sozinho, estar na oposição pode ser uma boa oportunidade para lançar novos desafios, e as provocações que um dia serão normalidade.
Por outro lado, tudo o que é artificial será revelado, mais cedo ou mais tarde. Vejam-se os cem dias de vácuo pós-euforia, em Espanha.
Se o PSD tiver paciência para se questionar, enquanto mantém convicções essenciais, pode ser uma alternativa de poder. Mais do que óbvia, necessária.
Se não, não.
Nuno Rogeiro, Sábado
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