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Portugal não tem riqueza, nem recursos, nem capacidade para, sozinho, contrariar as regras da economia europeia e mundial, obter os créditos de que necessita, conseguir os investimentos de que carece. Não se deve cantar mais alto do que a sua garganta. Nem dar passos maiores do que os seus pés. Muito menos cantar de galo, quando não se tem voz nem poleiro. António Costa e o governo estão a preparar-se para desencadear uma luta para a qual não têm meios nem força. E nem sequer razão.
É claro que a União Europeia está em apuros e não sabe qual é o seu destino. Há anos que se espera pela crise em que vivemos hoje. A União Europeia está à beira de morrer na praia, como diz o lugar-comum. Foi longe de mais e não foi suficientemente longe. Não é equitativa, distingue entre grandes e pequenos. Não é justa, só castiga os fracos. Não é igualitária, segue as directivas alemãs. Longe de mais para dar paz e democracia. De menos para a segurança e a disciplina. Mas nada justifica que o governo português invente uma guerra contra a União. Será sempre uma guerra contra si próprio.
Excertos do artigo de António Barreto 'Às armas !' hoje no DN
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