... De Um Dos Arquivos Da Sede Socialista No Largo Do rato
Três factos políticos relevantes:
1) Portugal pagou taxas muito mais elevadas para emitir dívida pública;
2) após ter diminuído consecutivamente ao longo dos últimos nove anos, a taxa de abandono escolar precoce aumentou em 2016;
3) a correspondência trocada entre António Domingues e Mário Centeno foi tornada pública, o que está a causar um enorme embaraço ao Governo e a prejudicar a imagem da CGD.
Ora surpreendentemente, nem o BE, nem o PCP abordaram estes temas no debate, aliás, até optaram por dirigir as suas baterias à direita que já não governa há praticamente um ano e meio. Um contra-senso.
É verdade que, de quando em vez, estes dois partidos resolvem dar provas de vida votando contra iniciativas do Governo que apoiam. No entanto, quando essas medidas são chumbadas, pasme-se, acabam invariavelmente a criticar o PSD e/ou o CDS por votarem como eles, ao invés de se indignarem com quem anda a propor aquilo com que não concordam. No mínimo curioso.
A moral da história parece-me óbvia. De forma engenhosa António Costa alcançou o que nenhum outro líder socialista antes de si conseguira: arrumar o BE e o PCP na gaveta de um dos arquivos da sede socialista no Largo do Rato.
Fonte: Ricardo Ferraz, J Económico
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