Será possível continuar a achar que ninguém apontaria a Costa, aquilo que toda a esquerda apontou a Passos quando este sob resgate teve de fazer opções e cortes, e que é que a opção pelas cativações (ou cortes) e a decisão sobre as mesmas é uma decisão política sindicável que todos podem e devem escrutinar!
Este discurso, mutais mutandis, é igual ao dos tempos do resgate, mas as circunstâncias herdadas já não são as mesmas, António Costa é o único responsável pelas opções políticas e orçamentais que fez e das alianças que decidiu, tanto para chegarmos ao resgate, como para distribuição das prebendas, depois dele.
Em democracia ninguém pode estar, ou achar-se, além da crítica, nem o PM nem o PR, nem obviamente Passos Coelho, esta sindicabilidade absoluta e constante é nuclear dos regimes livres!
E o grau máximo de alienação, por pior e mais exótico, é a estranha convicção de Costa de que de alguma forma, na universidade de verão do PSD, se poderia louvar o seu desempenho e omitir as suas responsabilidades e branqueamentos, e que entende ser “simples” maledicência, ou do PR, que tendo-se feito eleger na sequência de prolongados programas de crítica política semanal onde perorou sobre todos e cada um dos políticos portugueses, que entenda, agora, que sobre ele ninguém possa fazer considerações relativamente ao estilo e substância da sua actuação só porque assumiu novas funções…
Ou seja, a tal lei da rolha, outra vez, era só o que nos faltava…
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