Lisboa hoje é uma cidade cosmopolita, internacional, como outras que eu conheço. Mas não estranho Lisboa como está hoje. Agora… acho graça. Em dois anos, deixou de ser uma cidade provinciana para ser uma cidade internacional de alto nível.
O sucesso do nosso turismo vem, em parte, do facto de grande parte da história das reportagens enfatizar muito a questão do custo.
Para Portugal, o imobiliário e o turismo são fundamentais. Para o emprego, para o desenvolvimento, é um negócio nosso. Não é uma moda, é um negócio que temos de consolidar. E para consolidar temos de ter uma estratégia de desenvolvimento.
Se não houver uma previsão de crescimento orientada por um planeamento de consenso entre o Governo, setor privado, a área do desenvolvimento sustentável, isso vai-se perder porque é aí que se cria a bolha.
Ainda temos muita burocracia em Portugal: a cidade e os países mudam, mas os povos não mudam. (...) A burocracia em Portugal não muda. Agora, não é admissível, não é tolerável nem inteligente que as pessoas esperem duas e três horas no aeroporto para entrarem no país. Não é compreensível. Um problema tão fácil de resolver: há guichets mas não há pessoas.
Os portugueses são solidários. E não são só solidários no mal, são solidários na vida. Solidários e muito humanos. Generosos de sentimentos e de apoio, não muito em relação a dinheiro — porque, regra geral, os portugueses são forretas.
A construção, bem vistas as coisas, não é especulativa nem inflacionada. A única maneira de conseguir controlar os preços é pela quantidade, mesmo na hotelaria.
Há muita procura de empresas e grupos internacionais, fundos. Acho que há pouca oferta de oportunidades.
Há um grande défice de liderança, penso que vão aparecer — têm de aparecer — líderes. Há outra preocupação grande — não sei se é oportuna uma conversa destas — mas que é a alta tecnologia que vai dispensando pessoas. Cada vez mais.
é uma grande prova do que eu digo dos portugueses ter um presidente como este. É um presidente que age conforme o interesse nacional e mais nada. Ele não quer saber se é de direita ou de esquerda, se favorece este ou aquele.Ele toma as decisões, ou melhor, apoia as decisões porque está no limite dos seus poderes constitucionais. Tendo tido uma formação de direita e tendo estudado Direito, constitucionalista e tudo isso, abandonou as ideologias, jogou fora. Conforme o interesse nacional. E a política toda vai por esse caminho. Seja da ascensão da Cristas ao declínio do Jerónimo de Sousa, as meninas do Bloco de Esquerda. Toda a gente está à procura de tratar os problemas do país e dos portugueses sem ideologia, sem aplicar regras ideológicas.
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