quarta-feira, 8 de novembro de 2017

O Diabo Anda Mesmo À Solta ...

1 -Entre as medidas mais miseráveis de assalto aos cidadãos consta o ataque a quem trabalha a recibos verdes, vítima de uma cilada dado que, em vez de poder deduzir uma percentagem fixa à cabeça, passa a ter de estar sujeito à discricionariedade do fisco.
Como não é possível atacar certos grupos sociais que tenham organizações que os respaldem, atacam-se os mais frágeis. Costa e Centeno atuam como as chitas a caçar. Correm atrás da manada e atacam o gnu mais pequeno ou os doentes. É assim a vida da selva, embora se espere que um governo não seja um predador, mas um guardador do rebanho. 

2-As cenas de pancada à porta de discotecas não são de hoje. 
 diferença em relação ao que aconteceu agora no Urban foram as imagens, graças às quais o novo ministro da Administração Interna atuou, e bem.
Mas isso não atenua mais esta falha do Estado central e da Câmara de Lisboa. Na capital há dezenas de polícias municipais de mãos nos bolsos a tomarem conta de obras na via pública, há outras dezenas de agentes a multarem cidadãos no trânsito, há mais uns quantos a despachar papéis, mas não se acha necessário haver pelo menos dois por estabelecimento noturno daquele género a fiscalizar o comportamento de porteiros que pertencem a verdadeiros grupos organizados. A PSP sabe melhor do que ninguém o que se passa. E a Câmara de Lisboa também, até porque essa entidade também recorre à contratação de um certo tipo de armários. Basta ver os bíceps de quem anda com os bloqueadores da EMEL. Por falar em agressões, foi curioso verificar que enquanto toda a comunicação não deixou de apontar a hipótese de também haver uma agravante racista no caso de Lisboa, verificou-se um silêncio praticamente generalizado quanto à etnia dos autores do espancamento ocorrido em Coimbra.
3-Há dias foi publicada a escuta de uma conversa entre Sócrates e o seu contabilista. O que se ouve é inconcebível. A criatura não distinguia IVA de IRS e não sabia que nos seus recibos verdes tinha de devolver o primeiro imposto ao Estado e que lhe devia ser deduzido à cabeça o segundo. Como é possível que alguém assim tenha chegado a primeiro-ministro com maioria absoluta? 
(excertos do artigo de hoje de Eduardo Oliveira e Silva, Ji )

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