Pensamos para decidir bem, mas o momento da decisão não é racional. Decidir é passar da deliberação à ação, deixando o pensamento para trás. A decisão implica sempre uma cisão, uma rutura, um corte.
O momento crítico da decisão é uma espécie de salto interior que estabelece uma distância enorme entre o antes e o depois. Um instante chega para que mudemos de rumo e comecemos um novo capítulo na história da vida.
Decidir é preferir entrar por uma porta, o que implica preterir todas as outras. E há quem não consiga aceitar que a vida é feita de sacrifícios que exigem deixar para trás coisas boas, em vista de outras, melhores.
As dúvidas e incertezas não desaparecem com a decisão. Muitas vezes, se lhe dermos espaço interior, até aumentam. No entanto, como é tempo de aplicar o que se determinou, devemos guardar para depois as análises e avaliações. Se passarmos o tempo à espera de resultados, não fazemos nada. Há tempo para pensar e tempo para agir. Decidir não é só mudar de um tempo de meditação para outro.
As consequências das nossas resoluções são sempre mais do que aquelas que nos é possível prever. Mas decidir é abrir portas e avançar, não é fechá-las e escondermo-nos.
Se não souberes para onde ir, toma atenção ao vento que sopra … e vai, não para onde ele
vai sem ti … mas para onde tu queres ir, com ele.
Se não souberes para onde ir, toma atenção ao vento que sopra … e vai, não para onde ele
vai sem ti … mas para onde tu queres ir, com ele.
José Luís Nunes Martins
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