O problema não é a comida e sim que nos queiram obrigar a comê-la. Obrigar-nos da mesma maneira e com o mesmo argumento com que se obrigam as crianças: “é para teu bem”. Sim, é verdade que o tema é pequenino. Mas o episódio revela muito sobre a mentalidade dos higienistas que nos pastoreiam. Revela a mesma apetência para invadir e controlar a vida alheia que esteve presente, por exemplo, no episódio de censura dos livros infantis da Porto Editora. A mesma convicção e a mesma brutalidade típicas dos detentores da verdade, para quem o único problema relevante é a eficácia das medidas; não a sua legitimidade, razoabilidade ou moralidade.
Não gosto que decidam por mim, até porque sei ler e escrever, sou maior e vacinada. Informar sim, impor - nunca! O direito à escolha - sempre.
Luís Carvalho Rodrigues, OBSR
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