Entrámos na fase decisiva em que cada eleitor vai ter de pensar em escolher quem quer para primeiro-ministro.
Tanto ou mais do que diferenças ideológicas de partido (há limitações incontornáveis que resultam da União Europeia), importa olhar para os traços de personalidade de cada um dos líderes. Costa é habilidoso, enigmático e frio, enquanto Rio é frontal, pouco dado a rodeios e determinado. São duas maneiras distintas de estar no mundo e de enfrentar os problemas. Costa rodeou-se da geringonça e andou a negociar tudo a toda a hora, aplicando uma austeridade tão pesada como disfarçada. Rio, no Porto, governou mais isolado, mas deixou uma cidade preparada para o crescimento que veio a ter. Além disso, tem por hábito dizer claramente o que pretende e como vai proceder.
A esta distância e apesar das sondagens, é verdadeiramente impossível fazer prognósticos, pelo que a única coisa que se pode constatar é que, nesta altura, o PSD tem objetivas condições de crescer, enquanto o PS entrou numa fase complexa, não por questões intestinas, mas por causa da degradação do contexto económico, social (greves como nunca se viu) e político, interno e externo. Face a esta conjuntura negativa, Costa empurra os problemas com a barriga, entrando numa campanha eleitoral despudorada, envolvendo todos os meios.(continuar a ler)
(excertos do artigo de Eduardo Oliveira e Silva, hoje no Ji)
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