«Como se percebe, a maratona negocial europeia está longe de ter terminado. Os próximos dias vão ser exigentes para o Governo de António Costa. Transformar a desilusão em ambição não é tarefa fácil.»
José Pinto,OBSR
As decisões resultantes da maratona negocial visando a indicação das personalidades que irão ocupar os postos cimeiros da União Europeia não corresponderam à esperança com que António Costa saiu de Lisboa. De facto, o condutor da geringonça interna alimentava a ideia de que o modelo podia ser replicável a nível comunitário.
Enganou-se rotundamente, uma vez que o grupo da sua família política apenas conseguiu a indicação do alto representante para as relações externas, Josep Borrel, e do primeiro vice-Presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans. Por isso, Costa deu conta da sua desilusão. A regra da vida habitual sempre que as decisões não vão ao encontro dos cenários por si traçados como ideais.
Desta vez, a nível comunitário, não foi possível ao líder do PS transformar a derrota em vitória. Pelo menos no que diz respeito à indicação das personalidades para os cargos, uma vez que, no que se refere a Ursula von der Leyen, ainda há cartuchos para gastar. A sua indicação está longe de consensual, mesmo entre os membros do grupo do Partido Popular Europeu (PPE) a começar pelo ainda Presidente, Jean Claude Juncker, que se juntou às vozes discordantes ao falar em falta de transparência. (continuar a ler)
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