sábado, 6 de julho de 2019

Implicações Da Indiciação De Azeredo Lopes

Azeredo Lopes diz que a sua indiciação como arguido no processo de Tancos é ‘inexplicável’. E S. Bento e Belém também foram surpreendidos com a decisão do Ministério Público. Para já, Presidência e Governo remetem-se a silêncio absoluto. Mas o incómodo é notório. 


O caso que abanou a Defesa Nacional continua a dar que falar. Ontem, o país acordou não com um, mas com mais dois arguidos no processo relativo ao furto e ao achamento do material de Tancos: Azeredo Lopes e Nuno Reboleira – técnico do laboratório da Polícia Judiciária Militar. O mais mediático é o ex-ministro da Defesa  – o antigo governante é suspeito de ter tido conhecimento da encenação da Polícia Judiciária Militar (PJM) para recuperar o material roubado e não ter informado a Polícia Judiciária (PJ).
Este não é apenas mais um desenvolvimento no caso do desaparecimento de material de guerra de Tancos e respetivo achamento, é o passar para o lado dos suspeitos de um membro do Executivo à data dos factos. (continuar a ler)
Nota:Segundo a versão inicial da PJM, o piquete de serviço recebeu uma chamada anónima a dar conta do material roubado. Mais tarde, veio a descobrir-se que a recuperação das armas teria sido encenada. A PJ acredita que a PJM quis abafar a investigação inicial sobre o processo e, para isso, a terá negociado com o líder do grupo de assaltantes a entrega do material. Na altura em que as armas foram recuperadas, foi tornado público que a PJM terá recebido uma chamada anónima – chamada essa que os investigadores acreditam ter sido igualmente forjada.

Sem comentários: