«Hoje, os ataques à liberdade em nome da igualdade, que antes eram vistos como próprios de sociedades autoritárias, passaram a ser considerados normais, mas para os igualitários isso é irrelevante.»
Ricardo Pinheiro Alves, OBSR
A igualdade é a grande moda do momento no mundo ocidental. Há poucos anos predominava em sociedades ditatoriais, onde serviu de argumento para matar milhões de pessoas. Agora chegou ao ocidente livre disfarçada de justiça social. Com ela, é a nossa liberdade que está em risco.
Havia um grande consenso nas sociedades livres ocidentais sobre o estado de direito, a aplicação da lei da mesma forma a todos e a ausência de coerção pelo estado como condições essenciais para a existência de liberdade. Este consenso baseava-se na ideia exposta por Locke de justiça fundada na equivalência moral do homem. Os protestos a que assistimos em Hong-Kong são para defender esta liberdade.
A rejeição da igualdade socioeconómica explicava-se essencialmente pelo sentimento de injustiça que lhe está associada e pelo trade-off com a liberdade. Para impor a igualdade seria necessário restringir radicalmente a liberdade de acção e prejudicar o mérito e o esforço individual. É por isso que exemplos de igualdade objectiva como o direito a um só voto por pessoa com mais de dezoito anos é uma excepção.
A facilidade com que a liberdade actualmente é menosprezada e trocada pela igualdade lembra as palavras de Tocqueville: “… Mas também se encontra no coração humano um gosto depravado pela igualdade que impele os fracos a querer trazer os fortes ao seu nível, e que reduz os homens a preferir a igualdade em servidão à desigualdade em liberdade”. Passados duzentos anos estas palavras são ainda válidas porque a procura de igualdade se tornou a promoção da injustiça e uma ameaça à liberdade.
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