A Agricultura conseguiu aumentar as exportações ao dobro do ritmo do resto da economia e tirou jovens do desemprego em tempo de crise, mas foi totalmente desconsiderada pelos governos de António Costa.
A quem possa pensar que a saída da Floresta do Ministério da Agricultura foi um ato isolado, desengane-se: a desconsideração de António Costa para com este sector começou desde o primeiro dia da legislatura anterior.
Agora, o desentranhar das Florestas do Ministério da Agricultura e passá-las para o Ministério do Ambiente. A nossa Floresta está intimamente ligada à nossa Agricultura. Aliás a sua sobrevivência e sustentabilidade depende da simbiose com a Agricultura e da existência de empresários competitivos. Com esta decisão, o primeiro-ministro reconhece que afinal a reforma da floresta do anterior Ministro da Agricultura, Capoulas Santos, a tal que era a primeira desde o tempo de Dom Dinis, não foi boa, e vem partir o complexo Agroflorestal em dois.
Foi a agricultura um bode expiatório da governação socialista? A resposta é sim.
A agricultura foi posta na periferia da decisão política. O mal que está feito dificilmente se conseguirá remediar. Caberá à nova equipa governativa o desafio de manter o Programa de Desenvolvimento Rural no Ministério, manter a gestão das verbas ligadas à agricultura e às florestas no IFAP, e ser o interlocutor-líder para as questões agrícolas e de Desenvolvimento Rural com as instituições Europeias. Caso contrário, arriscamo-nos a um cenário muito complicado para o sector agrícola nacional.
(Excertos do artigo de José Diogo Albuquerque, OBSR)
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