O que fica do primeiro debate quinzenal é que, para já, continua a “geringonça” sem ser “geringonça”.
David Pontes, Público
As três novas forças partidárias [concentrou] grande curiosidade no arranque da legislatura e em particular no primeiro dos debates quinzenais.
O outro motivo de curiosidade era o de perceber o tom e o conteúdo de Rui Rio na dupla faceta de líder de oposição e novamente candidato à liderança do PSD. Tal como já o tinha feito na discussão do programa de governo o tom foi vivo e directo, mas, na substância, não conseguiu marcar pontos no salário mínimo e continuou a perseguir o último tema mediático, o dos chumbos, que até pode ser diferenciador, mas revelou pouca capacidade para surpreender e deu voz a uma visão redutora da questão.
E o que fica do primeiro debate quinzenal é que, para já, continua a “geringonça” sem ser “geringonça”. António Costa soube escolher um tema de conforto, “políticas de rendimento”, e os partidos à esquerda com que tem estabelecido entendimentos parlamentares exibiram o habitual tom crítico, mas sem sair da coreografia que vimos na anterior legislatura.
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