Depois de horas de reunião pela noite dentro, saiu o comunicado da praxe, com juras de amor:
- “O Primeiro-Ministro reafirma publicamente a sua confiança pessoal e política no Ministro de Estado e das Finanças, Mário Centeno".
- A afirmação só serve para mostrar uma coisa: Mário Centeno já não é ministro das Finanças na prática. Entrou em São Bento para se demitir depois de empurrado publicamente por Marcelo Rebelo de Sousa. Das últimas 48 horas absolutamente loucas, ficou claro que António Costa prometeu o que não poderia ter prometido ao dizer que não haveria qualquer transferência do Estado para o Novo Banco sem os resultados de uma auditoria da Deloitte cujos resultados só chegarão em julho. E que Mário Centeno cumpriu a lei e os contratos como deveria ter cumprido, ao ordenar a transferência no dia 6 de maio. O Estado emprestou 850 milhões de euros ao Fundo de Resolução para permitir a injeção de capital de 1.035 milhões de euros no Novo Banco relativa aos resultados de 2019.
- Na substância, a razão está do lado de Centeno, porque todos já sabiam que o Governo prestou uma garantia de Estado ao fundo Lone Star no valor de 3,9 mil milhões de euros e com um prazo de validade de oito anos. E no Orçamento do Estado para 2020, que foi aprovado em Conselho de Ministros antes de ir para o Parlamento, já estava previsto o empréstimo de 850 milhões de euros. E antes de qualquer transferência, as contas do Novo Banco são alvo de várias auditorias, como ficou claro, aliás, do comunicado conjunto desta reunião (uma vitória de Centeno):
- Ficou também confirmado que as contas do Novo Banco relativas ao exercício de 2019, para além da supervisão do Banco Central Europeu, foram ainda auditadas previamente à concessão deste empréstimo:(continuar a ler aqui)
Sem comentários:
Enviar um comentário