Os políticos em geral aparentam não saber o que é estratégia, apesar de falarem de estratégia por tudo e por nada. A estratégia do lítio, a estratégia do hidrogénio, a estratégia para gastar os fundos da União Europeia, mas sem nunca explicar quais são essas estratégias, ou como se integram na estratégia mais geral do país. Estratégia nacional, que aliás não existe, porque nunca foi formulada pelo poder político.
Os únicos que ouço falar de estratégia, sabendo do que falam, são os militares. Sabem bem que a estratégia de uma batalha se integra na estratégia de ganhar a guerra definida pelo Estado Maior, sendo que esta se integra na estratégia de soberania nacional, económica e diplomática definida pelo governo. Neste Governo do PS, contudo, cada um dos setenta ministros e secretários de Estado aparenta ter a sua estratégia própria, ou pelo menos falam dela sem parança. Li há dias o ministro do Ambiente afirmar que a seca não é um problema, ao contrário de problema sério das albufeiras vazias. Ou que só os tolos, alemães incluídos, é que acreditam no gás natural como a energia de transição. Portugal aposta no hidrogénio. Amem.
Henrique Neto, Ji
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