“Os profissionais de saúde, neste momento, têm de tomar decisões complexas e muito difíceis em contexto de medicina de catástrofe e de estabelecimento de critérios de prioridade e não conseguem salvar todas as vidas. São eles que desesperam perante os limites do sofrimento e da compaixão, mercê da incapacidade de tratar o outro, e assim são vítimas de burnout e sofrimento ético. São eles que, além dos doentes, sofrem no terreno, e que aguentam a pressão brutal sobre o SNS”, alerta a Ordem dos Médicos, referindo que “ultrapassámos há muito” a linha vermelha de capacidade de resposta dos serviços de saúde.
“O pior que podíamos ter é este confinamento light, que acarreta prejuízos para a economia sem os benefícios em termos de saúde”, diz o presidente do Colégio de Medicina Intensiva da Ordem dos Médicos, Artur Paiva, que, no dia em que o Conselho de Ministros está reunido para fazer um balanço dos três primeiros dias de confinamento geral, lança um apelo directo ao Governo: as escolas, mesmo as com ensino abaixo dos 12 anos, devem fechar imediatamente.
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