«No tabuleiro do xadrez político as águas percorrem os acidentes de um Canal de águas turvas onde não se distingue o lado errado e o lado certo nem o fundo lamacento. Rio é a água por onde navega o Capitão Costa. Costa é a margem inalcançável que Rio observa enquanto se afunda com o peso político de uma mala barata cheia de vazios políticos. Neste romance político onde fica Portugal? Neste naufrágio político qual a nova opção para a Direita Democrática em Portugal?» (Carlos Marques de Almeida, ECO)
Costa insulta Rio, Rio insulta Costa e subitamente o Portugal político é arrastado para a vulgaridade banal e baixa de uma discussão entre feirantes. Estas entrevistas são um teatro de máscaras no qual a economia política dos discursos toca a ínfima moral da desvergonha e da decadência. Mas cada Nação tem o que merece.
Existe em Costa a síndrome de Napoleão. O Primeiro-Ministro parece um rio oprimido pelas margens, existe mesmo a consciência messiânica de que a política em Portugal é Costa ou é nada. O Chefe do Executivo está inchado pelo clamor da Europa e sente-se na vanguarda da União como defensor dos valores universais aplicados ao contexto da Nação. Não importa a natureza dos valores, pois esta é uma discussão típica das mentes mais mesquinhas.
Existe em Rio a síndrome do Rei do Norte. O Líder da Oposição parece perdido na vastidão nacional e confuso com as maneiras políticas de Lisboa. Fora da sua jurisdição territorial, existe a convicção escondida de que a política é o palco dos mentirosos, dos oportunistas, dos ambiciosos, e Rio é um político sobrecarregado de valores humanos residuais entre o ilustre local e o Abade de Priscos. A política é um jogo ancestral nas cartas espalhadas pela mesa de pedra protegida pela sombra do Campanário. ( ler texto completo)
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