Aneurisma cerebral
Os avisos são raros, mas dos milhões de pessoas que sofrem um aneurisma a cada ano, quase metade morrerá e apenas um terço se recuperará sem deficiências.
Em um esforço para detectar esses eventos antes que eles provoquem danos, pesquisadores descobriram agora uma ligação entre as variações no tamanho das artérias do cérebro e a probabilidade de um aneurisma cerebral.
Os exames de imagem de 145 pacientes mostraram que pessoas com artérias cerebrais assimétricas têm uma chance significativamente maior de desenvolver um aneurisma, um vaso sanguíneo inflado no cérebro, que pode se romper e causar um derrame hemorrágico.
Esta é a primeira esperança de uma ferramenta de triagem para monitorar pessoas em risco.
"Observamos imagens do cérebro de pessoas com aneurismas e descobrimos que as quatro artérias que entram na caixa do cérebro, dividindo-se em vários segmentos e fornecendo sangue ao cérebro, não eram proporcionais entre si, aumentando assim os picos de pressão arterial e predispondo-as a vasos sanguíneos inflados," contou o Dr. Arjun Burlakoti, da Universidade Sul da Austrália.
Risco de aneurisma
A análise das imagens médicas mostrou que, quando a parte frontal da rede arterial do cérebro (a artéria cerebral anterior, ou A1) difere na proporção dos diâmetros esquerdo e direito em até 1,4, as pessoas têm um risco de 80% de desenvolver aneurismas nessa região, o local mais comum dos aneurismas que se rompem. Em comparação, os pacientes com proporções simétricas abaixo de 1,4 têm um risco equivalente a 7,8%.
Se detectados precocemente, os aneurismas podem ser monitorados e retardados pelo controle da pressão arterial com medicamentos e mudanças na dieta e no estilo de vida. Eles também podem ser cortados ou removidos cirurgicamente, mas isso também acarreta riscos de danos cerebrais ou derrame e só é recomendado se houver um alto risco de ruptura.
"Com base em nossas descobertas, as angiografias de ressonância magnética e tomografia computadorizada irão determinar se as pessoas têm artérias cerebrais assimétricas e, em caso afirmativo, elas devem ser rastreadas regularmente para aneurismas cerebrais," concluiu o Dr. Burlakoti.
Fonte: DS
Artigo: Relationship between cerebral aneurysms and variations in cerebral basal arterial network: a morphometric cross-sectional study in Computed Tomography Angiograms from a neurointerventional unit
Autores: Arjun Burlakoti, Jaliya Kumaratilake, Jamie Taylor, Maciej HennebergPublicação: BMJ Open
DOI: 10.1136/ bmjopen-2021-051028
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