A habitação "sempre foi prioridade" de António Costa, disse, sem se rir, o homem que se senta há oito anos aos comandos do governo e que esteve outros tantos a liderar Lisboa, decidindo as políticas do país e da cidade precisamente nas décadas em que a habitação mais se degradou, por falta de medidas, de atenção e de soluções. (Joana Petiz, dinheiro vivo)
Luzes e cores para distrair o povo da triste realidade: um pacote enorme e oco como um balão, sem prazos ou objetivos mensuráveis, sem ação ou responsabilização próprias. Quantas casas vão chegar ao mercado? Onde? Em quanto tempo? Para quantas famílias? A que preços? São as mesmas que Costa e Medina já prometiam na câmara e que nunca chegaram a abrir portas? É desta que o governo vai fazer um levantamento do parque imobiliário público, reabilitar os milhares de edifícios degradados ou sem propósito que tem espalhados de norte a sul, centros históricos incluídos, e pô-los a acolher a tal classe média que tanto preocupa? E os imigrantes que aqui chegam todas as semanas de mãos a abanar, é agora que vão ter morada pública que não seja debaixo da ponte? A nada do que importava houve resposta.
Houve, porém, mais uma prova do profundo desprezo deste governo pela iniciativa privada, dispondo do alheio a seu bel prazer e cavando sempre mais fundo o buraco em que meteu o país há oito anos, continuando a correr com potenciais investidores à pazada.
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