Abril que foi utopia, em muitos casos concretizada no essencial do impulso libertador, é hoje uma miragem quando registamos o nível de disfunção de um amplo conjunto de serviços públicos face às necessidades concretas dos cidadãos, às tendências e às metas enunciadas para o país, a União Europeia e o Mundo. A tolerância e diversidade cedeu lugar a um tribalismo insano, maniqueísta e sectarista que, face à amplitude dos problemas e dos desafios, insiste em engendrar narrativas de desculpabilização sem nexo (António Galamba, Ji)
Felizmente hoje vivemos em democracia e muitas avantesmas podem autointitular-se donos da liberdade... Mas, cá para mim, nunca estivemos tão próximos de uma nova ditadura determinada pelo mundo do wokismo. (Vítor Rainho, Ji)
Retórica política pergunta-se muitas vezes se o regime cumpriu Portugal. Não, o regime não cumpriu Portugal. Falta o processo de “descolonização política” do 25 de Abril. (Carlos Marques de Almeida, ECO)
Nos 49 anos do 25 de Abril o país entrega-se ao ritual. O ritual não podia ser mais teatral com o PS no Governo em maioria absoluta. E o ritual não podia ser ainda mais extraordinário quando coincide com os 50 anos do PS. Nesta confluência de celebrações está o centro do regime democrático – o coração da democracia portuguesa está na pulsação política do PS. Verdade ou mentira, este é o modo político que legitima a acção do PS como fundador da democracia. Fundador da democracia e dono do regime democrático. Esta leitura política do regime está inscrita na história do PS e está inscrita no imaginário político português. Toda a incompetência, toda a arrogância, toda a impunidade do Governo repousa nesta superioridade moral que o regime democrático não soube nem sabe ultrapassar.
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