Por isso, uns escolhem apoiar uma alternativa que se assume mais autoritária, porque lhes dá a esperança de ter alguém que os proteja e que garanta que as instituições voltarão a ser respeitadas e obedecidas para bem da união da sociedade e evitando a sua disrupção, ainda que arriscando a sua própria liberdade.
Outros decidem promover a contestação continuada, destruindo o sistema vigente que não lhes dá a dita confiança, mas qual governo sem qualquer responsabilidade ou preocupação sobre a solução do dia de amanhã e promovendo a potencial anarquia.
E a maioria da população apenas se deixa estar, triste, preocupada, sem reacção e sem saber o que fazer, face a uma situação dramática em que lhe retiram qualquer esperança de futuro e em que não encontram qualquer alternativa para a sua recuperação.
População desmoralizada com uma sociedade baseada no que parece e não no que é e em que a realidade é sempre adulterada pela mentira.
É neste sentimento de frustração em que se encontra Portugal e o mundo ocidental que eu digo que me falta a esperança.
(Bruno Bobone, DN)
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