Os decisores políticos devem atuar em conformidade, de modo a preservar um recurso vital, escasso, estratégico e estruturante, como é a água.
Nesta como em outras matérias, Portugal tem sido pródigo em estudos, relatórios, estratégias e planos para uma gestão sustentável e eficiente da água. Mas as medidas tardam em sair do papel, atrasando o país nesta verdadeiramente luta contra o tempo.
Mas, na verdade, pouco se tem avançado na redução das perdas da rede de abastecimento público (quase 30%), na reutilização de águas residuais tratadas para usos não potáveis, nos transvases entre albufeiras, na criação de bacias de retenção de águas pluviais, na identificação de novos pontos de captação de água ou na construção de centrais de dessalinização de água do mar (só está prevista uma para o Algarve e ainda se encontra em fase de Estudo de Impacte Ambiental).
Para além da urgência de avançar com as medidas já identificadas, convém estudar o que está a ser feito noutros países mais secos, como Israel, e gizar novas estratégias para a gestão sustentável e eficiente da água. Há que convocar a ciência, fazer benchmarking e ser inovadores nas soluções. Tudo isto para que o país saia do imobilismo em que se encontra nesta questão estratégica e, a partir de um plano integrado, possa enfrentar resolutamente os efeitos da seca e da escassez de água no território.
(Resenha do texto de Alexandre Meireles, DV)
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