Há uma ironia trágica nisto. Costa pensou em si próprio e na sua salvação quando decidiu anunciar ao país que tinha feito um convite a Mário Centeno para lhe suceder, o governador pensou em si quando decide dar uma declaração ao FT em que envolve o Presidente da República no convite, e acaba por admitir, implicitamente, que estaria disponível para ser primeiro-ministro do governo socialista. O desmentido formal do Presidente da República — na madrugada desta segunda-feira — é tão inusitada como grave, e já está na imprensa internacional. Depois das notícias sobre a demissão do primeiro-ministro por causa de investigações judiciais em casos de corrupção, só faltava mesmo isto para prejudicar a imagem do país.
Este desmentido, de resto, leva este problema a outro patamar:Se Centeno mentiu, há uma falha grave, certo? O que diz o Estatuto do Sistema Europeu dos Bancos Centrais e do BCE, no seu artigo 12º,4? (ler texto completo)
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