O Presidente da República, sem uma resposta clara do Conselho de Estado, decide dissolver um Parlamento com uma maioria que garantiria estabilidade ao País durante mais três anos e arrastar-nos para uma crise governativa sem fim à vista. Não é possível prever quando e que Governo teremos. A probabilidade de se encontrar uma solução mais estável a 10 de março é uma miragem. Claro que a atual maioria e o primeiro-ministro como seu líder não garantiram uma estabilidade governativa intocável, tendo existido um número de demissões no Governo inadmissível.
Os portugueses têm-se demitido da sua responsabilidade na manutenção da democracia, com a crescente abstenção nas urnas e com a crescente opção por movimentos políticos nos extremos do exercício democrático. Esta crise tem tudo para fomentar o aumento desta desresponsabilização. Cabe aos partidos centrais da democracia serem capazes de aproveitar esta campanha para mostrar que continuam a ser solução e que são capazes de criar respostas, sob pena de nos vermos todos reféns de vontades minoritárias e extremistas. (excertos do texto 'Savem a Política' ,JC, DN)
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