Como uma enorme serpente, a Humanidade está a mudar de pele e os sinais mais visíveis desse delicado fenómeno encontram-se na perigosa metamorfose institucional dos Estados. (Viriato Soromenho Marques, DN)
O mundo contemporâneo transformou-se num pandemónio. Quem olhar para ele numa perspetiva moral, ou procurando encaixar a complexidade do que está a acontecer à nossa vista desarmada em grelhas dicotómicas, seguramente vai enganar-se.
(...)
O orçamento nacional e a política monetária residem hoje na vigilância de Bruxelas e no exclusivo discernimento dos banqueiros centrais (como antena europeia do sistema financeiro global) em Frankfurt. A política de defesa, incluindo a sacrossanta decisão sobre a guerra ou a paz, pertence à NATO, seguindo as orientações da Casa Branca e do Pentágono.
Ficam os restos para as capitais. Mas, como se vê em Portugal, mesmo os restos aparecem como excessivos. A Educação, a Saúde, a habitação, os transportes transformaram-se num pesadelo para o cidadão-utente e num enigma sem solução para os regentes locais que nos vão cabendo em sorte. (...)
Sem comentários:
Enviar um comentário