No país político bloqueado surge a AD. Uma velha aliança para um novo país. A direita clássica coliga-se para fazer frente ao desconhecido. A solução parece óbvia e saída do compêndio político das soluções testadas. A AD encaixa no espírito do tempo. (...)
Mas que não haja ilusões relativamente às credenciais democráticas dos partidos progressistas.
A democracia de Abril destruiu as pontes e construiu os muros. A democracia portuguesa está transformada numa realidade formal que ainda vai poupando o país às consequências de uma guerra civil que vive nos discursos.
A negação da responsabilidade política divide o país entre o estado e a sociedade e divide a sociedade entre poderosos e dependentes. Para a esquerda tudo são direitos. Para a direita tudo são deveres. A“dialéctica estéril” da responsabilidade política representa o impasse de um país com poucas tradições democráticas, com um estado forte, com uma sociedade civil fraca, um país sem apólice e sem seguro.
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