Os diversos partidos políticos tornaram-se caixas de ressonância das suas lideranças, tornando as suas estruturas cada vez mais verticais e recompensatórias de uma lealdade cega que, em alguns casos, faria inveja a certas claques de futebol.
As fragmentações, quer da direita quer da esquerda, são o resultado de desconexões com a realidade civil.
Os locais partidários de discussão deixaram de ser abertos aos eleitores e militantes normais e fecharam-se nas comissões políticas e secretariados nacionais. As pessoas, descontentes, saem e criam a sua própria claque.
Aquilo que o eleitor vê é uma captação do espaço político-mediático pelo tema dos acordos pós-eleitorais. Não se discute o futuro da saúde, debate-se a viabilização de governos. Não se debatem as grandes reformas económicas, discutem-se composições de governo. Não se analisa o que fazer aos professores, discutem-se moções de censura.
Nota: O exagero de partidos políticos em Portugal, é prejudicial ao bom funcionamento do Parlamento. Partidos que têm um número muito limitado de deputados, não trazem nenhuma vantagem, antes pelo contrário.
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