Parece-me hoje cada vez mais evidente que assim é. O Chega terá 1 milhão e 100 mil votos por 1 milhão e 100 mil razões. Mas uma delas será, sem dúvida, esta: não há entre nós uma particular cultura de transparência, integridade e anti-corrupção, mas antes um sentimento generalizado de vingança quando a corrupção, a cunha e o compadrio só beneficiam alguns em detrimento de quase todos. O problema por cá nunca é a corrupção que se pratica, mas o facto de ela só beneficiar uma cúpula política, económica ou social. Nenhuma democracia sobrevive assente numa partidocracia que permite tudo aos seus e que aos outros decide aplicar a lei. Nem a ditadura sobreviveu a um constrangimento corporativo, quanto mais uma democracia.
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