Por comparação, desde a década de 80, Espanha adotou uma Estratégia Nacional evidente. Utilizou os instrumentos e cargos disponíveis na União Europeia para maximizar o seu próprio benefício. (...)
(António Brás Monteiro, DN)
II- O dinheiro não chega para tudo. Porque é preciso fazer escolhas. Estranhamente, no entanto, vivemos uma ilusória epopeia de possibilidades motivadas pelos excecionais superavits no Orçamento, como se eles apagassem a realidade, pura e crua: a colossal dívida pública de Portugal (perto de 100% do Produto Interno Bruto), num país coletivamente endividado nas famílias, empresas e Estado em mais de 800 mil milhões. (...)
Perante isto, a questão sobre onde se arranjam os 10 mil milhões (iniciais) para se fazer Alcochete são consequência da leviandade socrática em que vivemos durante tantos meses. Porquê tanto investimento público quando existem alternativas privadas que, pura e simplesmente, evitam esta dose letal de endividamento? E aqui chegamos às escolhas de Luís Montenegro e ao novo ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz. Não é preciso ser-se muito sagaz para se perceber que o PSD desconfia do colossal buraco de custos que é Alcochete. (...)
A vida real limita opções. E uma conta salta aos olhos: o Governo de António Costa aplicou 3,2 mil milhões do PRR em 32 mil novas casas para habitação social. O diagnóstico do anterior Governo indicava que precisamos de 300 mil novas habitações. (...)
(Daniel Deusdado, DN)
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