Provavelmente por essa causa, a comunicação social, principalmente as televisões, aproveitaram para se tornarem o centro de debate político, com a constante presença de comentadores a todas as horas do dia, e que falam sobre tudo.
Para ter sucesso um projeto como este, torna-se necessário, ou mesmo indispensável, a constante criação de casos e de temas críticos para alimentar esta nova “besta” que criámos e que é a esquizofrenia da informação política (a esquizofrenia é um transtorno mental caracterizado pela perda de contacto com a realidade, alucinações (é comum ouvir vozes), falsas convicções (delírios), pensamento e comportamentos anormais).
Esta patologia cria em todos nós uma sensação de ansiedade que nos deixa sem capacidade de tomar decisões a longo prazo, condiciona-nos o raciocínio sobre as causas e efeitos dos temas e casos tratados e torna-nos elementos promotores de um imediatismo que favorece as decisões mais fáceis e que mais dizem prometer – o chamado populismo.
Com a entrada em funções do novo governo e pela sua decisão de não governar na praça pública, a “besta” vai à procura de todos os pequenos indícios de assuntos e de casos, para não deixar morrer a sua relevância e para garantir que nos mantém presos às fontes de informação.
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