Atitudes de ‘orc’ não deveriam ser defendidas, nem ocultadas, nem desvalorizadas pelos media. Mas, foram. Acham que estou a exagerar? (João AB da Silva, JEconómico)
[Não] me esqueci do que se passou no Dia da Liberdade: a deputada do IL, Patrícia Gilvaz, foi insultada e intimidada fisicamente, e o mesmo tratamento levou a candidata do ADN às europeias, Joana Amaral Dias.
Nenhum destes eventos mereceu o devido repúdio, que se exigia transversal, consensual e categórico. Lamentavelmente, venceu a hipocrisia. No meio de tantas ovações à liberdade, quem iria permitir que as restrições à mesma estragassem a festa?
Alguns órgãos de comunicação até suavizaram os factos, reduzindo-os à simples vaia ou deixando no ar a suspeita do “diz que”, “alegadamente”, etc. (...) Logo, qualquer intimidação ou agressão que sofram nada mais será que a previsível consequência de andarem na rua,
sujeitas à legítima indignação de populares que apenas exercem os seus direitos de cidadania. (...)
Nada disto é coincidência. A dissonância cognitiva e a dualidade de critérios sempre fizeram parte da agenda revolucionária, pois fomentam a rendição das massas à superioridade moral dos agentes da revoluçãoAssim se percebe como tão facilmente um revolucionário se transforma num orc. Ele sente-se justificado a fazer tudo e um par de botas.
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