A palavra «equidade» e a palavra «igualdade» têm a mesma etimologia, mas o seu significado pode ser muito diferente. Equidade tem implícito um conceito de justiça e essa é precisamente a diferença. Ao contrário de igualdade, que não tem implícito um significado de justiça ou de injustiça, a ideia de ser equitativo contém a ideia de ser justo. (Ricardo Pinheiro Alves, ECO)
O problema é que não há um consenso sobre o que é ser justo ou injusto. Cada um de nós tem uma ideia diferente de justiça.
A igualdade de oportunidades não é mais do que uma tirania utópica que, felizmente, não existe em ponto nenhum do planeta (nem sequer na Coreia do Norte, na Venezuela ou em Cuba). Apesar disso, a maioria dos portugueses defende-a sem se aperceber de que essa igualdade, a existir, implicaria a ausência total de oportunidades.
A dignidade da vida humana baseada num sentido de justiça representado pela palavra «equidade» não é o mesmo que a procura de igualdade. É antes uma visão que recusa o igualitarismo que promove a pobreza e potencia os abusos de poder político porque, na sua aplicação “purista”, retira liberdade à comunidade, tornando-se por isso indesejável.
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