Neste segundo mandato (...) o Marcelo profundo - incapaz de resistir ao manipular dos outros como peões de intrigas, cujo proveito parece esgotar-se num prazer solitário e perverso - triunfou em toda a linha. (Viriato Soromenho-Marques, DN)
Marcelo Rebelo de Sousa encontra-se, mais uma vez, onde sempre gostou de estar: no centro das atenções. Não pelo seu pensamento próprio sobre um assunto relevante, apesar de estes não escassearem, mas, simplesmente por ter transformado a sua própria pessoa no assunto mais incontornável que concita as palavras ditas e escritas por esse país fora.
Percebendo que enfrentam ameaças efetivas e muito graves, cuja resposta lhes compete. Agindo, nomeadamente no seio da União Europeia, com rapidez e determinação.
Não é muito difícil traçar uma via para uma melhor afirmação europeia. Mas seja ela qual for, antecipa-se que será tudo menos fácil e harmoniosa.
Vivemos demais em função da propaganda e de menos em função dos resultados. Este país é avesso a reformas e sobressaltos quando se mexe na situação instalada. As reivindicações, por mais justas que sejam, fazem ressaltar o que ficou por fazer para trás - o eterno adiar de resolução de problemas e ausência de planos de futuro. Empurrar com a barriga foi o mantra de António Costa e do seu executivo durante a quase década em que brincou aos governos. Fez um primeiro ciclo de reversão de medidas do Governo anterior - o que é sempre uma característica dos anti-reformistas - e um segundo de inacção, outra marca genética do exercício de poder pelo PS. Resultado: noves fora nada.
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