Os 50 pela “reforma da justiça”. O grupo lançou-se em Maio, quando 50 senhoras e cavalheiros redigiram e assinaram um manifesto que considera a justiça “o sector público que mais problemas tem vindo a evidenciar”. Não é a saúde, nem sequer a educação. É a justiça. Para dizer a verdade, não é bem a justiça que aflige os subscritores daquilo: é a justiça aplicada à classe política, que ocasionalmente se vê incomodada a meio de uma trapaça qualquer. ( António Gonçalves, OBSR)
Os 50, que incluem faróis de rectidão do calibre de um Rio Rio, um Augusto Santos Silva, um Ferro Rodrigues, um Proença de Carvalho, um Vítor Constâncio e duas irmãs Beleza, acham mal que os esforços para treparmos aos píncaros dos índices de corrupção no Ocidente estejam dependentes de juízes independentes. Mas não é esse o ponto. O ponto é que, dois meses e meio depois, os 50 continuam por aí, a pedir (e a conseguir) audiências nos guichés do poder, a despejar o catecismo nas televisões e, em suma, a manter uma camaradagem gira. (...)
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