Deixar passar o orçamento não significa apoiar políticas. Mas o PS não pode seguir a política de terra queimada dos outros partidos da oposição, do BE e PCP ao Chega. Tem de contribuir para a estabilidade política sem deixar de exigir resultados e criticar as medidas que tem de criticar. Mas não pode agora querer fazer seu o orçamento que é de outro. Para isso, então, seja consequente e apresente uma moção de censura para deitar abaixo o Governo. (António Costa, ECO)
O primeiro-ministro iniciou formalmente o processo para uma negociação da proposta do Governo — arranca na sexta-feira –, é um passo positivo, mas não pode deixar de ser considerada uma iniciativa política.
Por um lado, o Governo vai começar a negociar com Bruxelas nas próximas duas semanas as condições para respeitar as novas regras orçamentais, depois há já um conjunto de medidas aprovadas, até pela oposição, que estreitam a margem orçamental disponível.
O orçamento tem de ser o do Governo, com medidas que, sendo apresentadas pelo PS, não põem em causa o que é a agenda política de quem está em São Bento. Caso contrário, passaria a ser um orçamento do Governo e do PS, um bloco central que, no discurso, toda a gente recusa.
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