A sociedade atual está dominada por uma “racionalidade lógico-instrumental”, orientada para o matematizável, para o calculável, para o imediato e para o pragmático, desvalorizando as humanidades em favor de um mundo economicista, “centrado na tecnologia”. Saliente-se que se trata de uma situação alheada dos fundamentos da civilização ocidental, onde impera um vazio ético, sendo visível a ausência de uma ética situada no horizonte da plenitude humana, que nos convida a relegar para segundo plano o simbólico e tudo aquilo que nos remete para a esfera do sentido e do ser; verifica-se, na sociedade do nosso tempo, um “niilismo existencial”, em que a frustração e a dúvida marcam a perspetiva de mudança dentro da mudança. (Maria de Sousa Pereira Coutinho,
OBSR)
Confrontamo-nos, assim, com alterações que afetam o conjunto da dinâmica social e das suas instituições, uma vez que é o próprio ser humano que se encontra comprometido.
Filósofos, sociólogos e também cientistas, empenhados num projeto de humanização da sociedade, têm vindo a insistir na urgência de uma “busca reflexiva” em torno da vida humana e na necessidade de uma tomada de posição, uma vez que se trata, fundamentalmente, de uma “crise do homem”
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