A conferência de imprensa dos mais altos responsáveis pela segurança deste País, sobre a evasão de Vale de Judeus, não foi tranquilizadora. Com exceção das forças policiais, em particular do diretor nacional da PJ, que é, porventura, o mais experiente polícia português no ativo, em matéria de combate ao crime organizado e violento, tudo o mais são peças decorativas, burocráticas. (Eduardo Dâmaso,CM)
Luís Neves, em gestão há três meses, foi o único que transmitiu segurança, assertividade, conhecimento operacional. (...) A questão é política, de alto a baixo, e exprime-se no evidente fracasso das políticas penitenciárias dos Governos do PS e, agora, com o da AD a ir pelo mesmo caminho. Não investiram, quase mataram o corpo prisional, andaram sempre entre as teorias da ressocialização e da segurança, descurando uma e outra, não perceberam a mutação em curso nos perfis da população prisional, fortemente influenciada pelo crime organizado.
Na segurança, este Governo ainda vai a tempo de apanhar o comboio, mas tem de mostrar vontade, pensamento estratégico, ação que corrija falhas estruturais. Não pode ficar parado, como a ministra da Justiça parece estar. Ou pior, fora da realidade, como no MAI, onde vigora o tempo paralelo das câmaras de segurança que filmam mas não gravam.
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