Porque devemos perguntar: dano a quem? Na origem, a greve servia para dar prejuízo ao “patrão”, o que detém “o capital” e que deixa de “lucrar”, porque a produção paralisa. Mas com a criação (artificial) de monopólios do Estado, esta realidade muda-se para o combate político entre quem está no poder e quem lá quer chegar… E que se lixe quem sai ‘morto’ ou ‘ferido’.
Tal como os igualmente abomináveis nazismo e nacional-socialismo, primos direitos do comunismo, por quanto são igualmente totalitários, colocam o Estado antes do indivíduo e (como tal) resultam, sempre, em milhares ou milhões de mortos, as ideias que nascem do ódio tendem a ser bem populares, pelo menos em alguns períodos.
Em praticamente toda a Europa (excluindo Rússia), só mesmo Portugal não lê, hoje, “comunismo = crueldade”. Isto apesar de, também por cá, os exemplos se acumularem. Mas já lá vamos. Além do velho argumento das “razões históricas na luta contra o fascismo”, a excelente imprensa que as ideologias comunistas e semelhantes (marxistas ortodoxas, trotskistas, maoistas...) sempre tiveram, deram um nível esculpatório a quem sempre fechou (e fecha) os olhos a alguns dos maiores crimes contra a Humanidade.(...)
Para piorar, ao contrário da extrema-direita, a esquerda veste-se de cordeiro - ou melhor, do cão pastor protetor dos mais fracos do rebanho. Isto, até ao momento em que estes dão jeito para carne para canhão. Foi o que se viu por cá, nos últimos dias, na greve da CP.
(Ricardo Simões Ferreira, DN)

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