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sexta-feira, 1 de agosto de 2025

A Nossa Vida Sem Ideais Nenhuns, Toda Quatidiana,


A nossa vida sem ideais nenhuns, toda quotidiana, quer no presente quer pelo pensamento do futuro. Perdendo a religião, nada reavemos para a substituir; nem arte, porque a arte é, como religião, 
para muito poucos; nem ciência, que é para menos ainda, nem filosofia, que é para quase nenhuns.

Não me refiro à conducta mas a ideais. Uma sociedade nunca pode ser grande nem pura sem ideais, porque na moral que nasce (...), na moral para uso quotidiano e de quotidiana origem, caberá uma 
certa decência, uma honestidade (...), razoáveis instintos humanitários, mas não uma nobreza 
de qualquer espécie, não uma grandeza de carácter. E o ponto importante é este. O ideal é a vida; 
vamos perdendo o ideal, e a nossa vitalidade vai diminuindo tristemente (…)

(Fernando Pessoa)

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