sábado, 18 de abril de 2009

A Pomba e a Rosa




O Sol começava a despontar. Os primeiros raios rasgaram a escuridão da noite e,com a claridade do novo dia, uma pomba,volitando,entrou inadvertidamente num templo. Todas as paredes do santuário estavam cobertas com espelhos. No centro do santuário, em oferenda ao Absoluto,o sacerdote colocara uma belíssima rosa, que se reflectia nos espelhos provocando inúmeras imagens de si mesma. A pomba, tomando os reflexos da rosa pela rosa verdadeira, começou a lançar-se contra um outro espelho, chocando violentamente contra eles, incansavelmente, até que o seu pequeno e frágil corpo sucumbiu. Morta, a pomba tombou sobre a rosa .

Em qualquer ser humano encontra~se o real e o adquirido; o essencial e o aparente. A busca do bem-estar exterior deve ser associada e complementada com a busca do bem-estar interior. Se uma pessoa puser toda a sua energia ao serviço da aparência, da imagem e da personalidade, consumirá a sua vida cativa dos reflexos, e de costas para a sua natureza real, ou essência. é preciso aprender a distinguir entre o acessório e o substancial mediante o discernimento correcto,e ir recuperando esse "eu verdadeiro", diferente do "eu social" . A rosa do conhecimento desponta dentro de nós mesmos .

Atenção ! Às rosas que não são verdadeiras mas apenas reflexos ! E... enganam ! E...mistificam !

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