Perto de 50 mil euros foi quanto custou à Câmara de Lisboa a limpeza de parte de um terreno em Campolide para plantar girassóis e, daqui a algum tempo, cereais. O serviço foi entregue a uma empresa privada, a Vibeiras, sem concurso público...............
O presidente da associação, que é parceira da autarquia na iniciativa, diz que o seu objectivo nunca foi embelezar esta zona da cidade, mas sim desenvolver uma experiência pedagógica ligada à produção agrícola. Daí que há um mês os girassóis tenham sido deixados morrer à sede: "Se continuassem a ser regados ainda podiam manter-se mais duas ou três semanas verdes. Mas esse não é o seu ciclo natural de vida." ....................
Não foi bem isso que disse o vereador dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes, quando ajudou a fazer a sementeira. O autarca explicou na altura que queria também criar "um terreno bonito para as pessoas poderem passear", a "custo zero".
Acontece que o terreno se manteve vedado até hoje, e que a EPUL - Empresa Pública de Urbanização de Lisboa gastou perto de 50 mil euros na sua limpeza, que entregou à Vibeiras por ajuste directo. Um facto que Sá Fernandes garante desconhecer.
Ana Henriques, Público
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