O ensino nas escolas está demasiado fácil e os últimos quatro anos acentuaram o problema.
Para a maioria dos 45 pais ouvidos pelo i, os problemas pioraram com a crispação entre professores e Governo, que criou instabilidade nas escolas.
E dão exemplos "O estatuto do aluno é um desastre e uma ofensa aos alunos cumpridores.
Valores e atitudes como o trabalho, o mérito, a assiduidade, o comportamento, a aprendizagem, o conhecimento, foram postos em causa e de repente considerados antiquados e conservadores", diz Manuel Marques, economista nas Caldas da Rainha, pai de um aluno matriculado no 8º ano.
"O estatuto do aluno privilegia o facilitismo e desresponsabiliza os alunos", acrescenta Maria José Viseu, presidente da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE).
"Esta norma de os alunos não poderem reprovar até ao 10º ano é um verdadeiro disparate. Desmotivador para alunos, pais e professores.
(...) A exigência académica é cada vez menor", remata Teresa e dispara contra um regime de faltas pouco rigoroso e que iliba os mais faltosos: "Os mais espertos olham para o regime de faltas como uma brincadeira. De que serve dizer-se que os alunos não podem faltar se sabem que estudam um pouco, fazem um teste de recuperação e já está, voltam a ficar sem faltas ou com elas todas justificadas?" Mas há mais calcanhares de Aquiles nas reformas educativas do actual governo.
Muitos pais acusam o governo de Sócrates de ter sido "autista" e "autocrático".
De trabalhar números para as estatísticas .
(...) "As reformas massacraram os professores e, por sua vez, massacraram os alunos", diz Olinda Marques, mãe residente em Rio Maior que aplaude algumas medidas mas critica os métodos: "Algumas medidas são inteligentes e vantajosas. É preciso pensar é: isso acontece à conta de quem?"
O sistema de avaliação que lidera as críticas lidera também os elogios.
O sistema de avaliação que lidera as críticas lidera também os elogios.
"Era necessária", diz a maioria. Aulas de substituição, o ensino obrigatório do inglês no primeiro ciclo, a fixação dos professores no mesmo estabelecimento durante quatro anos, a aposta no ensino técnico-profissional são, para a maioria dos 40 pais, as medidas mais louváveis da educação dos últimos quatro anos.
O Magalhães divide os ouvidos. "Não foi utilizado uma única vez na sala de aula da minha filha. Só posso deduzir que o magalhães serve para as mães dos meninos jogarem Tetris quando têm insónias", acusa Elsa Rocha, mãe de Portimão. Todos são unânimes: os resultados destas políticas só serão visíveis daqui a alguns anos. "Brinca-se demasiado à educação. Acho que ainda nenhum ministério da educação acertou. É preciso dar tempo à implementação das reformas.
Jornal i
Concordo com praticamente todas as observações dos encarregados de educação que são pais atentos e preocupados com a educação dos seus filhos. Quem não estaria? - Só os muito distraídos ou que não querem ver.
Gostaria de acrescentar o seguinte: as crianças hoje passam tanto tempo na escola que não têm tempo para brincar .
Brincar faz falta , mesmo dentro do espaço escolar devia haver tempo e espaço para a brincadeira e convívio não dirigido.
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