Se ao partido do Governo pouco interessou mostrar o 'país real' - e a crise internacional serviu de almofada para amortecer muitos dos erros das opções internas -, à oposição e sobretudo ao partido ao qual se exigia a constituição de uma alternativa, também não se pode poupar a responsabilidade por nada ter feito nem dito para denunciar as fragilidades do Executivo em avaliação nas urnas e apontar caminhos e propostas diferentes. (...)
Qual 'asfixia democrática' qual quê?
Se ela existe, a ausência de alternativa é que aperta ainda mais o garrote.(...)
O verdadeiro problema é que a má propaganda 'asfixiou' o debate político, económico e social que, infelizmente, continua por fazer.(...)
O problema é que tanto uns como outros, (...) , mais depressa deverão cair na tentação de gerir danos e vender ilusões do que encarar a realidade e fazer o que mais ano menos ano, não pode deixar de ser feito.
Excertos,De volta ao país real,Mário Ramires,SOL
Está na altura do Governo regressar ao país real e do maior partido da oposição se organizar não continuando no vazio e balburdia em que se encontra e assumir as responsabilidades inerentes à responsabilidade que os seus eleitores lhe conferiram, isto se quiser continuar a ser uma voz activa e ouvida no panorama político português.
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