David King Responde:
O meu teste em relação a algum cientista que critica a tese das alterações climáticas é perguntar quantos papers publicou em revistas de referência internacional nos últimos dez anos. E a resposta é: "Nenhum".
Há também um segundo grupo de cientistas cépticos apoiados largamente pela indústria do petróleo - pela Exxon Mobil, pelo American Enterprise Institute - que espalham dúvidas entre o público e que são ainda uma força com muito peso.
De qualquer maneira, há uma diferença fundamental entre os EUA e a Europa em relação a esta questão. Nos EUA, reconhecer ou não as alterações climáticas é uma questão política, mas na Europa - em Portugal ou no Reino Unido - há um consenso generalizado entre as diversas forças políticas quanto à sua existência.
E nos EUA há uma suspeita, particularmente entre os republicanos, de que os ambientalistas são esquerdistas. E eu também tenho a mesma suspeita de que alguns líderes ambientalistas nos EUA pensam que a situação climática actual é uma oportunidade para acabar com o capitalismo.
David King, director da Smith School of Enterprise and Environment da Universidade de Oxford, abriu esta semana em Lisboa a conferência da Fundação Gulbenkian dedicada ao tema "O ambiente na encruzilhada", onde falou sobre "As alterações climáticas como força decisiva de mudança global". E não está optimista quanto às negociações ...
Versão integral da entrevista publicada na edição do Expresso de 31 de Outubro de 2009
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