Projectos a médio e longo prazo são cada vez mais um risco.
Tudo muda com uma rapidez alucinante.
Estamos a viver um choque do futuro.
O período de tempo de adaptação à mudança é cada vez mais curto.
Consequências físicas começam já a manifestarem-se.
Se o choque do futuro fosse apenas uma doença física talvez se pudesse evitar e tratar facilmente.
Mas o choque do futuro também ataca a psique.
Como diz Toffler, assim como o corpo cede sob pressão do excesso de estímulos ambientais, assim o " o espírito" e os seus processos de decisão comportam-se de modo estranho, quando sobrecarregados. Ao acelerar indiscriminadamente os maquinismos da mudança, podemos estar a minar não apenas a saúde dos menos aptos a adaptar-se, mas também a sua própria capacidade de agir racionalmente.
Os sintomas evidentes do colapso espiritual que encontramos à nossa volta - o uso crescente de drogas, o aumento do misticismo, as explosões periódicas de vandalismo e violência descontrolada, a política de niilismo e de nostalgia, a apatia malsã de milhões de pessoas - tornar-se-ão mais compreensíveis se reconhecermos a sua relação com o choque do futuro. Estas formas de irracionalidade social talvez sejam um reflexo da degradação do processo de tomar decisões individuais em circunstâncias de excessiva estimulação ambiental.
Não subestimemos pois, esta aceleração de estímulos em que vivemos. Tentemos precavermo-nos sempre que possível, mesmo à custa de não estarmos em 'todas'.
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