segunda-feira, 19 de abril de 2010

O Secretismo E A Negatividade Do Governo


O primeiro-ministro ultimamente tem aparecido feliz e contente. Vai-se lá saber porquê.
Os ecos provenientes do exterior são cada vez mais negativos. Ou será que também entraram nalguma campanha negra contra o Governo a que preside?
Há quem diga que o Governo Português entrou em negatividade. Nós, que aqui vivemos sabemos que essa negatividade já dura há muito, e o pior é que conseguem convencer muitos incautos que tudo está bem e sobre controlo.

Hoje um artigo de opinião no diário britânico Telegraph questiona se a Alemanha também vai ter de financiar Portugal. A comparação do peso das dívidas públicas portuguesa e grega é contrastada com o peso das dívidas dos respectivos sectores privados, e o país não sai muito bem na imagem.

A dívida pública nacional deverá representar este ano 86 por cento do PIB, enquanto a grega representará 124 por cento. Mas a dívida provada nacional era 239 por cento do PIB em 2008, face a 129 da grega, de acordo com um analista do Deutsche bank citado no Telegraph.

Na sexta-feira, o país já tinha sido apresentado no diário The New York Times como o próximo alvo dos mercados. Num artigo intitulado “Preocupações com a dívida mudam para Portugal, motivadas pela subida das taxas das obrigações”, dizia-se que os especuladores dos mercados estavam agora a avançar em direcção “a mais um pequeno membro da perturbada zona monetária europeia”, depois de a Grécia estar aparentemente em vias de ultrapassar a sua crise imediata, através da ajuda dos outros membros da zona euro e do FMI.

No dia anterior, Simon Jonhson, ex-economista chefe do FMI, dizia que “o próximo grande problema global” seria Portugal. Considerava mesmo que até agora o país só tem conseguido estar fora do centro das atenções apenas graças à Grécia, e que estes dois países estão piores do que a Argentina em 2001. Outro economista de nomeada, Nouriel Roubini, dizia também que Portugal e a Grécia poderiam ter de abandonar a zona euro.

Enquanto ouvimos e lemos estas opiniões, o primeiro-ministro nos últimos dias tem sorrido muito e mostrado grande satisfação, porquê? Talvez não seja difícil adivinhar, mas... e o país ?
O que tem feito para alterar a situação em que nos encontramos? Que explicações, advertências ou soluções tem transmitido aos portugueses sobre a VERDADEIRA situação do país e o modo de ultrapassá-la ? A impressão que temos é que estamos num país secreto ou de segredo em que só aos 'chefes' é dado conhecer a verdadeira situação do país ou então os 'chefes' andam completamente à deriva sem saber bem o que dizer ou fazer. Seja qual for a situação, temo que o acordar vá ser francamente muito mau.

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