Recomendar cuidado no uso das roupas nas escolas é uma atitude "castradora" é esta a opinião de alguns como Maria José Viseu, presidente da Confederação Nacional Independente de Pais e Educadores (CNIPE), que vê opções como a tomada na Escola Dr. Jorge Correia, em Tavira, como "um exagero" que colocam em causa a afirmação do jovem como indivíduo
Outros, como a CNIPE e a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) concordam que se as restrições fizerem parte do regulamento interno das escolas então é um assunto dos estabelecimentos de ensino, que respeitam. "Se faz parte da política interna significa que recebeu a aprovação do Conselho Geral (CG) que inclui pais e, no caso do secundário, alunos", explicou ao DN Albino Almeida, presidente da Confap. O dirigente referiu que é legal as escolas estabelecerem estes limites.
Há situações que acabam por surgir devido a "visitas" da Inspecção-Geral da Educação: "Por exemplo, um inspector colocou problemas por uma professora estar calçada com umas havaianas."Na Escola Dr. Jorge Correia, a inspecção já alertou, em mais do que uma ocasião, "para a maneira como as pessoas se vestem", como confirmou ao DN o director José Baía. "Não só aos alunos, mas também aos professores e no ano passado foi um vigilante", disse. O director realçou que não foi feita nenhuma proibição aos alunos, mas apenas um apelo ao bom senso, principalmente às raparigas: "Algumas não usam minissaias, são microssaias."
Mas é claro que somos pela liberdade, com limites de acordo com a sociedade em que nos integramos. Não vestimos habitualmente a roupa que usamos para dormir ou para ir a uma cerimónia, na prática do dia-a-dia. Ou será que usam? Na escola ensina-se e aprende-se, não só conteúdos mas também comportamentos de convivência em sociedade. O modo como nos vestimos deverá não destoar de um modo irresponsável das regras ou hábitos dos locais que queremos frequentar, em especial se forem institucionais.
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