A ideia de sequenciar o genoma do sobreiro não é de agora. Ela já germina há mais de uma década entre os investigadores que em Portugal se dedicam à genómica de plantas. E há boas razões para isso. O montado constitui cerca de um terço da floresta portuguesa e o sector da cortiça tem números fortes para apresentar no contexto da economia nacional: é o único do País que é líder a nível mundial.
Portugal detém 32 por cento da floresta de sobreiro a nível internacional, produz 52 por cento de toda a cortiça à escala mundial e processa 70 por cento de toda essa matéria-prima.
No entanto, 15 a 20 por cento do montado está afectado por doença e a qualidade da cortiça decaiu nos últimos anos. Além disso, o stress hídrico devido às secas, que se prevêem no futuro mais frequentes e mais intensas devido às alterações climáticas, coloca ainda maior pressão sobre esta floresta. Daí que uma das medidas a tomar (além das fito-sanitárias, de formação, ou outras) é a realização de estudos que ajudem a resolver estes problemas.
A sequenciação do genoma do sobreiro é um desses trabalhos de investigação, como concordam todos: investigadores, empresários e produtores incluídos.
A resposta que há já muitos anos devia ter sido dada , o ministro da Agricultura questionado pelo DN, afirma que o desfecho terá a ver "com o mérito científico do projecto" e sublinhou que a tutela, o ministério da Economia, "está sensibilizada para questão, já que este é um sector vital para economia nacional". E prometeu: "Vou ver qual é a situação".
Fonte DN
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