A política portuguesa está numa fase perfeitamente atípica. Estamos à espera.
À espera de eleger um Presidente sem o menor entusiasmo, porque se instalou a convicção de que não há a menor possibilidade de essa eleição mudar o que quer que seja.
À espera de poder ir votar outra vez, para se acabar com esta insistente impossibilidade de diálogo que os partidos, cada um por sua razão, parecem ter decretado. Até lá, podem os bloguistas do PSD entreter-se a fazer o "seu" Governo com o que lhes chega de murmúrios da São Caetano; pode o resto da Oposição clamar quem são os ministros que não devem continuar em S. Bento (desde logo Sócrates); pode o próprio José Sócrates cair na tentação de fazer uma remodelação, apesar de tudo a legítima, pois é o único que a pode fazer. Mas nada adiantará. Inexoravelmente, tudo continuará na mesma.
À espera.
Fonte: José Leite Pereira,JN
O país parado e nós desesperados.
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